Resenha Run On (no spoiler)
Hello, Fakes. Enquanto eu lavava a louça após maratonar o drama Run On em dois dias, eu pensava em algumas questões que poderiam ter sido interpretadas de outra forma pelos telespectadores e tudo bem, isso é super normal, principalmente em um drama que traz tantas questões sobre saúde mental e self love que, com certeza, seriam interpretadas de formas únicas, principalmente no cenário pandêmico que estamos vivendo…Como Ki Seon-gyeom disse “Nunca foi tão difícil viver”.
Eu gostei tanto do personagem do Ki Seon-gyeom (Im Si-wan) e acabei, diversas vezes, me pegando refletindo sobre suas atitudes ao longo do drama e como poderiam ser vistas de diversas perspectivas, muitos podem achar que o Seon-gyeom se sentiu “livre” para levar suas atitudes a medidas extremas, como chegar a querer ser “expulso” da equipe nacional de atletismo, porque ele não ficaria desamparado, principalmente financeiramente e no fundo no fundo isso é super verdade, mas creio que a parte importante é que, a partir do momento, que ele se deu conta de que poderia usar sua posição para ajudar, ele não pensou duas vezes em fazê-lo, e que ao perder a cabeça e “errar” ele gostaria de ser punido de acordo com a lei e não de acordo com sua posição social e econômica, e é aí que estava a chave de todas as suas condutas.
Na verdade a situação gota d’água para Seon-gyeom foi apenas o empurrão que ele precisava para de fato enxergar o que não estava lhe fazendo bem em sua vida, levemente ao longo do drama podemos vê-lo ficando mais espontâneo e honesto com seus sentimentos e as pessoas, não porque ele fingisse, mas porque de fato nunca parou para pensar nele, mas apenas em como não machucar ou decepcionar os outros, já que, praticamente, todos ao seu redor pensavam apenas em si, principalmente sua família. Porque reforcei que podemos perceber “levemente”… porque grande parte do seu jeito é um reflexo de sua personalidade, então seu temperamento (fofo e empático) é inerente à sua vontade, o que ficou muito consistente na atuação de Im Si-wan, pois em nenhum momento senti que seu jeito era forçado ou de certa forma, falso.
Trouxe isso à tona também para lembrarmos um pouco da presidente Seo Dan-nah (Choi Soo-young), ela foi criada em um ambiente muito similar ao do Ki Seon-gyeom porém possui um temperamento totalmente diferente oposto, raramente se atenta ao fato de estar machucando ou incomodando alguém ao seu redor, um pouquinho sociopata ela hahahah, eles são opostos e mostram o quanto o extremo pode machucar os outros e principalmente a si. Ao longo do drama é possível descobrir que existe uma doença hereditária na família que acometeu tanto ela como seu irmão mais novo. Muito competente, ela disputa entre seus irmãos pela empresa da família e comanda sua própria agência de atletas, na qual também agenciava a carreira de Seong-gyeom, que terá um papel fundamental na descoberta de seu dom.

Existe uma diferença entre fazer um bem e não fazer o mal, é exatamente nessa linha tênue que as personagens principais desse dorama se encontram… entre o pensar e cuidar de si e cuidar e pensar no outro, pude sentir que ao longo de todo o dorama eles estavam em busca do equilíbrio, não sou muito à favor de quando falam sobre encontrar alguém para “te equilibrar”, mas esse drama mudou um pouquinho esse minha perspectiva, pois sozinho, muitas vezes, nosso temperamento se sobressai e ter alguém para, literalmente, equilibrar e te auxiliar nos seus pontos fracos, pode ser uma ótima ideia, assim como o que ocorreu com os pares românticos do drama Ki Seon-gyeom e Oh Mi-joo e com Lee Youn-hwa e Seo Dan-nah não só os casais, mas a amizade entre eles tornou suas vidas um pouco mais leve e equilibrada.
See you soon, Fakes.
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